O que é o Yom Kipur? Pra quê serve?

O que é o Yom Kipur? Pra quê serve?

Shalom a você!

Fico muito feliz que você se interesse pelo assunto. É de suma importância para os cristãos entenderem a Cultura da Bíblia.

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Yom Kipur em hebraico:

יוֹם כִּפּוּר

Falando a partir de sua etimologia temos as seguintes definições para Kipur.

Segundo o dicionário, a raiz tem o sentido de Cobrir, Expiar, Perdoar, Aplacar, Cancelar, Reconciliar, Remissão.

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Também conhecido como Dia da Expiação, é o dia mais santo do ano para os judeus.


Seus temas centrais são expiação e arrependimento.

Os judeus tradicionalmente observam esse dia sagrado com um período de 25 horas de jejum e oração intensa, geralmente passando a maior parte do dia nos serviços da sinagoga. O Yom Kipur completa o período anual conhecido no judaísmo como os Grandes Dias Sagrados (ou, às vezes, “os Dias Terríveis”).

Nas sinagogas, o serviço de “Kol Nidre” é realizado ao pôr do sol para marcar o início de Yom Kipur, no qual os judeus usam o Talit (xale judaico de oração) e se vestem de branco. Nos serviços durante as 25 horas seguintes, são lidas passagens especiais da Torá e confissões de arrependimento.

ASSISTA O VÍDEO ABAIXO:

Nesse ano (2019) O Yom Kipur começa ao pôr do sol em terça-feira, 8 de outubro de 2019.

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ROSH HASHANA

Para se entender o Yom Kipur precisamos entender o Rosh HaShana.

Primeiramente, o Rosh HaShana é o Ano Novo Judaico. O calendário judaico segue as posições da Lua e o calendário Gregoriano (O que seguimos hoje) vem do sol. Há certa diferença entre os dois.

Por isso que toda festividade judaica não irá cair no mesmo dia no calendário gregoriano. Trocando em miúdos, um exemplo disso é:
Se Pesâch (Páscoa) cair dia 14 de abril, não significa que no próximo ano irá cair nesse mesmo dia.

Você precisa sempre olhar a data no Calendário Judaico

Rosh HaShana marca o início do ano segundo o calendário judaico. O dia cai exatamente no dia 1o do mês judaico de Tishrei. A preparação para o Yom Kipur vem mesmo antes de Tishrei. O último mês do calendário judaico é Elul e é em Elul que o Shofar começa a ser tocado nas sinagogas anunciando o arrependimento justamente para Yom Kipur.

O início do ano dentro do contexto judaico não é de festa e sim de introspecção
. Os judeus procuram estar atentos em Yom Kipur, por isso que esses dias são conhecido como “Os Dias Terríveis”.

Há muita reflexão e orações adicionais nesse período.

O Yom Kipur é mencionado na Torá como o dia propicio para se alcançar perdão do Eterno, já que neste dia terrível são oferecidas nossas súplicas diante DEle, onde cada criatura reconhece suas faltas e com honestidade as confessa perante o Criador.

A Torá escreve em Levítico (Vaiqra) 23:26: “E falou o Eterno a Moisés, dizendo: Mas ao 10o dia deste 7o mês, é o dia das expiações, convocação de santidade será para vós, e afligireis almas, e oferecereis oferta queimada ao Eterno.”

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A Teshuvá (Arrependimento) é a base para uma reconciliação pois o mundo se assenta sobre o pilar da verdade, em hebraico אמת Emet, que aparece no primeiro e último versículos da Criação do mundo:

Em Gênesis 1:1 se diz em hebraico:

bereshiT barÁ el-ohiM,

As letras em destaque no hebraico formam a palavra Emet.

No final da criação novamente aparece em Gênesis 2:3 –

barA el-ohiM laassoT,

Sendo as letras em destaque Emet, verdade.

Indica-nos que devemos ser verdadeiros com D-us, com nossos semelhantes e conosco mesmos para recebermos as bênçãos do Eterno D-us.

As condições para uma verdadeira Teshuvá são as seguintes:

– arrependimento pelo pecado cometido,
– confissão verbal da culpa,
– remorso ao recordar seu delito,
– determinação em não reincidir nestes atos.

A prova de uma Teshuvá verdadeira acontece quando uma pessoa ao encontrar-se novamente na mesma situação aquela de seu pecado, domina seu instinto, não pelo temor a sociedade ou porque feneceu seu desejo, mas pela verdadeira vontade de corrigir a si próprio.

A Teshuvá também é bem efetivada quando acompanhada de Tzedaqa (Caridade/Justiça), ou seja, atos de beneficência, segundo as possibilidades de cada um.

As faltas cometidas contra os mandamentos do Eterno são perdoadas segundo o coração verdadeiro do pecador.

Porém, faltas cometidas contra o próximo só serão perdoadas quando o ofendido ou prejudicado recebe o pedido de perdão de quem o cometeu.

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Sobre o Autor

PROF. RENATO SANTOS
PROF. RENATO SANTOS

Por dois anos o Professor Renato Santos viveu e estudou em Jerusalém. Desde 2011 leciono o hebraico e busca sempre estar se aprofundando, haja vista, suas 5 viagens a Israel anteriores.

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