Festa das Cabanas – Sukot

Festa das Cabanas – Sukot

Shalom a você!

Tudo bem?

Hoje vamos falar de uma Festa bem importante dentro do calendário Judaico. Tive o prazer de presenciar em Israel todas as festas bíblicas.

Sukot é o nome original da Festa das Cabanas.

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Sukot é o plural de Suka que significa “cabana”.

AO LONGO DO ARTIGO VOU MOSTRAR PARA VOCÊ A SUCA QUE EU FIZ EM JERUSALÉM!

A festa ameniza os dias de tensão de Rosh Hashana e Yom Kipur.

Milhares de cabanas cobertas de palmeiras são vistas nas entradas dos prédios e varandas das casas de Israel na ocasião da celebração do feriado da Festa de Sucot ou também pode ser chamada Festa das Colheitas.

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Cabana (SUKA) que construí em Jerusalém!


Prescrita na Bíblia como uma das Três Grandes Festas (שלוש רגלים – Shalosh Regalim) de peregrinação a Jerusalém, juntamente com:

– Pessach (Êxodo do Egito, que ocorre em meados de abril);
– Shavuot (Pentecostes, que ocorre em meados de maio-junho).

A Festa Bíblica de “Sucot” relembra a passagem pelo deserto dos Filhos de Israel a mais de 3.000 anos atrás.

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Dentro da SUKA, tudo simples!

Refere-se aos quarenta anos em que, segundo a Bíblia, os filhos de Israel viveram em cabanas após o êxodo do Egito pelas mãos de Moisés (Moshe), embora em uma interpretação mais espiritual/metafísica, o sentido da Festa, de habitar em cabanas transmita a fragilidade da existência humana no mundo material.

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Em Deuteronômio 16:13-15 diz:

13 – A festa dos tabernáculos celebrarás sete dias, quando tiveres colhido da tua eira e do teu lagar.
14 – E, na tua festa, alegrar-te-ás, tu, e teu filho, e tua filha, e o teu servo, e a tua serva, e o levita, e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas.
15 – Sete dias celebrarás a festa ao Senhor teu D-us, no lugar que o Senhor escolher; porque o Senhor teu D-us te há de abençoar em toda a tua colheita, e em todo o trabalho das tuas mãos; por isso certamente te alegrarás.

Nesta festa solene, todos os tipos de ofertas eram entregues.

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Decoração do teto, uma romã simbolizando abundância


É realizada em lojas, casas, sinagogas, apartamentos, empresas, que são feitos como uma espécie de telhado de folhas de palmeira ou junco.

Dentro da sucá são recitadas as bênçãos tendo-se à mão o: ​

etrog (fruta cítrica semelhante à cidra) ;

lulav (feixe de folhas de palmeira) ​;

– hadas (ramos de murta) ​;

– aravá (dois ramos de salgueiro).

Segundo a tradição, as quatro espécies representam todos os tipos de frutos e de pessoas. A mensagem é que a natureza só se torna completa e um povo só se torna coeso com todos juntos. ​
 ​
Assim, é feita uma analogia com as diferentes personalidades do ser humano com relação à Lei de D-us que é a Sagrada Escritura:

– O etróg tem sabor e aroma, simbolizando aqueles que conhecem as leis religiosas e as praticam.​

– O lulav tem sabor, mas não tem aroma, em referência àqueles que conhecem as leis, mas não as seguem. ​

– O hadás possui aroma, mas não tem sabor, simbolizando os que observam e praticam boas ações, mas não conhecem a Torá ou outros mandamentos religiosos.​

– O aravá não possui sabor e nem cheiro, simbolizando os que estão afastados das Leis de D-us

Tudo o que Jesus disse, está baseado no 1º Testamento, pois o 2º Testamento só veio para testificar a fidelidade, a veracidade, a credibilidade e a confiabilidade do 1º.​

Vamos ver o seguinte texto:

Em Lucas 8:10  – E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de D-us, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam.​

11  – Esta é, pois, a parábola: A semente é a palavra de D-us;​

12  –  E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo; (simbolizando ARAVA​)

13  –  E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam; (simbolizando HADAS​)

14  –  E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição; (simbolizando LULAV​)

15  –  E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança. (simbolizando ETROG)​

Fazendo as analogias:

O etróg tem sabor e aroma, simbolizando aqueles que conhecem as leis religiosas e as praticam = 15  –  E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança.​

O lulav tem sabor, mas não tem aroma, em referência àqueles que conhecem as leis, mas não as seguem. = 14  –  E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição; 

O hadás possui aroma, mas não tem sabor, simbolizando os que observam e praticam boas ações, mas não conhecem a Torá ou outros mandamentos religiosos. = 13  –  E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam; ​

O aravá não possui sabor e nem cheiro, simbolizando os que estão afastados das Leis de D-us = 12  –  E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo;​

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O principal objetivo que D-us estabeleceu para esta festa era que as pessoas se lembrassem de que viviam em tendas durante sua jornada no deserto; e lembrassem de que D-us também habitou entre eles na Tenda do Encontro (Levítico 23:42-43):

42 – Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas;
43 – Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso D-us.


Outro elemento central da celebração é sua relação com a peregrinação a Jerusalém, um costume que os israelitas começaram após a conquista de Canaã para apresentar ofertas a D-us através dos sacerdotes chamado em hebraico de: “Cohanim – כהנים”.

Hoje, esse costume é lembrado também com bênçãos no átrio do Muro das Lamentações, o lugar mais próximo do local mais sagrado para o judaísmo, antes do qual os Sacerdotes abençoavam as pessoas cobertas com talit, o xale de oração tradicional desde a época de Moisés.

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AMI JERUSALEM CENTER FOR BIBLICAL STUDIES AND RESEARCH

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Sobre o Autor

PROF. RENATO SANTOS
PROF. RENATO SANTOS

Por dois anos o Professor Renato Santos viveu e estudou em Jerusalém. Desde 2011 leciono o hebraico e busca sempre estar se aprofundando, haja vista, suas 5 viagens a Israel anteriores.

4 Comentários

  1. Diogo de Lima Soares disse:

    Maravilha maravilha maravilha maravilha meu irmão DEUS te abençoe sempre amém, gostei muito da sua obra de passar seus conhecimentos.

  2. Moisés Arcangelo de Paula disse:

    Muito interessante vc usou Lucas e esse texto está em Mateus também 13. Fiquei alegre com as analogias sobre as tendas de sabermos que somos ilimitados as sementes muito edificante

    • PROF. RENATO SANTOS disse:

      Exatamente Moisés. A Bíblia é Maravilhosa


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