Coisas para fazer em Jerusalém – GUIA DE JERUSALÉM

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SUA CHANCE DE CONHECER JERUSALÉM

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Você é um novato nas ruas de Jerusalém, e está procurando um guia de coisas para se fazer em Jerusalém? Você está no lugar certo!

Em Jerusalém há muitas atividades, como ir em locais religiosos, aventuras alternativas e, naturalmente, muita comida saborosa!

Existe uma expressão em Israel que é:

Jerusalém é como uma cebola!

Não há melhor maneira de descrever a Cidade Santa. Jerusalém é uma cebola. E, como todas as cebolas, Jerusalém é um produto de camadas – camadas de história, cultura, pessoas e religião, cada uma delas contribuindo para torná-la a cidade complexa (e de tirar o fôlego) que é hoje.

Jerusalém é uma das cidades mais antigas do Planeta Terra, habitada continuamente por mais de 3500 anos.

É uma cidade sagrada para três religiões – judaísmo, islamismo e cristianismo. É o lugar onde a espiritualidade ganha vida e às vezes oprime as pessoas com força total. Afinal, Jerusalém é a única cidade com uma doença mental com o nome dela – a síndrome de Jerusalém.

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O nome hebraico de Jerusalém é Ierushalaim. O sufixo “im” é um plural em hebraico, pois Jerusalém não é uma cidade, mas muitas.

Isso acontece há milhares de anos e é assim hoje. Há uma Jerusalém para todos. De peregrinos cristãos de todo o mundo até fãs de história e aspirante a Indiana Jones. Você só precisa descascar as camadas e encontrar a sua Jerusalém.

Há tantas coisas para fazer em Jerusalém que uma vida na cidade provavelmente não será suficiente.

Eu morei 2 anos lá e ainda não conheço tudo dessa cidade.

Não estou afirmando ter composto um “Guia Definitivo de Guia Turístico de Jerusalém” depois de apenas 2 anos morando na cidade.

Isso é apenas um guia para iniciantes sobre o que fazer em Jerusalém e também para ajudá-lo a planejar seu tempo na Cidade Santa – começando do básico e passando por atividades de aventura, pontos de interesse em culinária local e terminando com algumas idéias para passeios de um dia a partir de Jerusalém.

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Noções básicas – Jerusalém religiosa e cultural

A Cidade Velha

A Cidade Velha, murada, é o coração de Jerusalém, o local onde a maioria dos locais religiosos está localizada.

Apesar de seu tamanho pequeno (apenas 1 quilômetro quadrado, você pode acreditar!), a pequena cidade inclui uma enorme quantidade de coisas para ver e fazer. Até o século 19, quando a cidade começou a se desenvolver fora dos muros, toda Jerusalém residia dentro dos muros da Cidade Velha. Milhares de pessoas, por milhares de anos, viveram e morreram lá.


É fácil passear sem rumo e se perder entre as ruas estreitas e becos da cidade velha, parando para tomar um café e um baklava ou para conversar com um dos lendários lojistas da Cidade Velha.

A cidade velha de Jerusalém é dividida em quatro bairros.

– Ao norte de Jaffa Gate (Portão de Jaffa), você encontrará o Bairro Cristão, incluindo a Igreja do Santo Sepulcro,.
– No sentido horário, encontrará o Bairro Muçulmano, cheio de lojas, pequenos restaurantes e pontos turísticos
– O Bairro Judeu com o Muro das Lamentações e, finalmente,
– O Bairro Armênio, ao sul do Portão de Jaffa, com a Cidadela (local de um impressionante espetáculo de sons e luzes), a Catedral de São Tiago e o Patriarcado Armênio.

Os dois principais pontos de entrada da Cidade Velha são Jaffa Gate, localizada entre os bairros cristão e armênio, e Dung Gate, o local mais próximo para acessar o Muro das Lamentações.

Para uma maneira divertida e incomum de viajar entre o Jaffa Gate e o Western Wall Plaza, você pode optar por andar no “Old City Train”, um pequeno trem turístico sobre rodas, que o levará ao bairro cristão e armênio em cerca de 20 minutos, com comentários.

Caminhada pelos Muros da Cidade

Uma caminhada pelos muros da cidade velha é a maneira perfeita de começar a explorar a Cidade Velha, descobrindo seu rumo e desfrutando de vistas maravilhosas à medida que avança.

Juntamente com a Cidade Velha, os muros de Jerusalém são listados pela Unesco. Eles foram construídos por Suliman, o Magnífico, no século 16, enquanto a cidade estava sob o domínio otomano. Nessa época, Jerusalém já tinha mais de 2000 anos.



Muro das Lamentações

Sou suspeito de falar sobre o Muro das Lamentações. Para mim é o lugar mais icônico de Jerusalém.

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O Muro das Lamentações é um dos pontos turísticos mais famosos de Jerusalém. Eu tenho certeza de que todos vocês já viram fotos de um enorme muro construído em pedras de mármore, com JUDEUS orando na frente dele, colocando orações nas fendas entre as pedras. O Muro das Lamentações, também conhecido como Muro Ocidental e é o último muro remanescente do Segundo Templo de Jerusalém, destruído pelos romanos na época de sua conquista.

A área localizada além do Muro das Lamentações é conhecida como Monte do Templo. É o local mais sagrado do judaísmo, a área onde ficava os Templos Sagrados. Ao mesmo tempo, o Monte do Templo também é um local islâmico sagrado – a presença da Cúpula da Rocha e da Mesquita Al-Aqsa fazem de Jerusalém o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos, depois de Meca e Medina.

Os judeus não podem orar no Monte do Templo devido à santidade do local, pois a localização exata do Santo dos Santos (o santuário interno do antigo templo) não é conhecida. Portanto, mesmo que o Monte do Templo seja o local mais sagrado de Jerusalém, o Muro Ocidental é o local mais sagrado onde os judeus podem orar.

Eu sei, é complicado, mas Jerusalém também.

Você precisa passar por uma verificação de segurança antes de entrar na praça do Muro das Lamentações, onde homens e mulheres são divididos para acessar suas respectivas seções do muro. A seção masculina é cerca de 5 vezes maior que a seção feminina. É definitivamente um lugar muito intenso e comovente, quando você se aproxima do muro, percebe que as rachaduras estão cheias de pedidos de orações. Você pode adicionar o seu próprio pedido se achar espaço.

Seção dos Cristãos – Via Dolorosa

A Via Dolorosa é a Via Crucis, supostamente, o caminho percorrido por Jesus Cristo a caminho da crucificação. Começa no Lions Gate (Portão do Leão), perto do local onde ficava o pretório de Pôncio Pilatos, e segue a localização do antigo Decumanus, uma das duas principais estradas da época romana, até chegar à Igreja do Santo Sepulcro.

A Via Dolorosa tem apenas 600 metros de comprimento, mas é possivelmente o local de peregrinação mais popular para grupos cristãos após as 14 estações da cruz – as primeiras nove estações estão localizadas ao longo da estrada e são marcadas por placas e inscrições, enquanto a final 5 estão dentro da própria igreja.

Igreja do Santo Sepulcro

Independentemente de você ser ou não religioso, este lugar o deixará sem palavras. As lembranças de minha própria visita à Igreja do Santo Sepulcro são uma mistura de sentimentos com espiritualidade entrelaçados com o peso de dois milênios de história, guerras e sofrimentos que ocorreram nesta região.

Supostamente, a Igreja do Santo Sepulcro foi construída em torno do Monte Gólgota, o local da crucificação de Jesus e o local onde se acredita ter sido enterrado e ressuscitado.

A Igreja se parece com qualquer uma das igrejas que eu tinha visto até aquele dia. Não há um ponto específico, há vários.

A Pedra da Unção, onde supostamente, o corpo de Jesus foi oleado antes de seu enterro, o Altar do Gólgota, onde você pode tocar a rocha do Monte Gólgota, e a capela menor chamada Aedicule, contendo o Próprio Santo Sepulcro. Passamos apenas uma hora dentro desta igreja (porque nesse dia eu estava com um grupo) mas há muita história no local.

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Museu de Israel
O Museu de Israel é o maior do Oriente Médio, apresentando várias coleções que incluem artefatos arqueológicos, pinturas, esculturas e até um enorme modelo da antiga Jerusalém no telhado. O destaque do museu é definitivamente o Museu do Livro, onde você pode ver os Manuscritos do Mar Morto, que se acredita serem os manuscritos mais antigos do mundo.

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Entrando no Museu de Israel, tive a oportunidade de ter uma visita guiada pelo Dr. Rodrigo Silva, referência em arqueologia no Brasil. Ele nos levou em uma excursão de uma hora pelo Museu, apresentando-nos os pergaminhos e mostrando-nos a mais recente adição ao santuário – Nano, a menor Bíblia do mundo, um chip do tamanho de um grão de arroz onde toda a Bíblia está inscrito.

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Memorial do Holocausto
Yad Vashem, o museu do Holocausto não é apenas um memorial para os 6 milhões de judeus que perderam a vida no holocausto; também funciona como um centro de pesquisa e educação sobre o holocausto.

De seção em seção, um após o outro, nos dá arrepios que ficam até você sair do museu.

Das 3 vezes que fui, passei mal.

Artefatos, livros, roupas, calçados e outros pertences trazem lágrimas aos nossos olhos. A última sala, o Salão dos Nomes, tem milhôes de arquivos contendo os nomes dos que morreram nessa tragédia da humanidade.

Quando você entra no memorial de todas as 1,5 milhão de crianças que perderam a vida por assassinatos sem sentido, você será com certeza tocado e movido por tanta brutalidade.

As fotos dos meninos e meninas são projetadas no vidro e no fundo é possível ouvir seus nomes, idade e país de origem delas.

Milhões de reflexos de luzes cintilantes, que na verdade se originam de apenas 5 velas mantidas em vários ângulos usando espelhos, intensificam o sofrimento. Há também um memorial chamado “Justos”, para todos os não-judeus que arriscaram suas vidas e ajudaram os judeus no momento da sua angústia.

De fato, vale a pena visitar o Museu.

Há tantas coisas para fazer em Jerusalém, especialmente na Cidade Velha, que sei que só estou arranhando a superfície com este post. Mas veja pelo lado bom, mais uma razão para voltar!

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Jerusalém Ativa

A Cidade Velha é um labirinto de ruas minúsculas, mas quando você sai dos muros, a situação muda completamente – o resto da cidade é bastante recente, relativamente falando.

Os bairros de Mishkenot Sha’ananim e Yemin Moshe (Veja aqui um vídeo meu nesse bairro) foram construídos no final do século 19 pelo banqueiro britânico Moses Montefiore, como uma solução para a superlotação severa da Cidade Velha. Por estar localizado fora do muro, a princípio ninguém queria se mudar para os novos distritos, para convencê-los, os cidadãos recebiam moradia gratuita e até dinheiro.

Atualmente, Mishkenot Sha’ananim e Yemin Moshe são dois bairros de luxo com excelentes vistas para a cidade velha.

Subterrâneo na cidade de David

De todas as coisas “incomuns” para fazer em Jerusalém, essa é uma das minhas favoritas. Acredita-se que a cidade de Davi seja o local onde Jerusalém começou, o núcleo urbano de Jerusalém que existia na época dos profetas, há mais de quatro milênios.

Hoje em dia, você pode visitar os túneis sob a antiga cidade de David, uma fortaleza foi construída sobre a fonte Gihon, a principal fonte de água da antiga Jerusalém, porque os moradores sabiam que quem controla a água controla a cidade.

Machane Yehuda durante o dia…

Eu acho que é definitivamente uma visita obrigatória e, novamente, está na minha lista de coisas favoritas para fazer em Jerusalém.

VEJA ABAIXO UM VÍDEO MEU NO MERCADO MACHANE YEHUDA



O Shuk (mercado), como costuma ser chamado, é o maior mercado de Jerusalém. É um lugar movimentado, com comidas deliciosas em todos os lugares, fileiras de baklawa cintilante, halva com nozes torradas, frutas e legumes, comida de rua … sempre me sinto perplexo nesse tipo de lugar.

Fico me pergurtando: “Para onde devo ir primeiro? O que devo comer?

O Shuk é tão cheio de gente que seguir um guia é muito difícil (e confie em mim), o melhor é você se aventurar por si só. Os comerciantes são bem atenciosos, solicitos, educados e brincalhões.

Noite no Mercado Machane Yehuda

Um encontro aleatório no shuk … e à noite!

A maioria dos mercados normais é fechado durante a noite, não o Shuk, que parece estar vivendo uma vida paralela após o pôr do sol.

As barracas de frutas e legumes são fechadas e é hora dos bares abrirem suas portas. Com músicas, assentos ao ar livre e muitas comidas e bebidas deliciosas, o Shuk é definitivamente um dos pontos mais interessantes de Jerusalém após o anoitecer – com uma atmosfera que fica a anos-luz da cidade velha e é semelhante ao que você encontrará em Tel Aviv, a divertida cidade de Israel.

Como chegar a Jerusalém

Observe que no Shabat (que começa por volta das 16h na sexta-feira, dependendo da época do ano e dura até sábado à noite), o Sherut e o ônibus não circulam, deixando os táxis como a única opção para chegar a Jerusalém.

De Sherut (táxi – Van compartilhada) é a maneira mais conveniente de chegar a Jerusalém, a menos que você queira pagar um táxi.

O Sherut sai do lado de fora do prédio do terminal e o deixa em um endereço de sua escolha em Jerusalém, por um preço de cerca de 70 NIS (paguei em 2018). O tempo de viagem deve ser de aproximadamente 1 hora e meia, dependendo do trânsito.

De ônibus – a opção mais barata, essa eu confesso que nunca utilizei. Primeiro, você precisa pegar um traslado de cortesia para o ponto de ônibus em um cruzamento fora da área do aeroporto. Os ônibus 945 e 947 circulam a cada 25 minutos, em direção à estação de ônibus de Jerusalém. Observe que os ônibus costumam estar cheios e você pode ficar parado durante toda a viagem, levando cerca de 1 hora e 10 minutos. As passagens são cerca 30 NIS.

De táxi – definitivamente a maneira mais rápida de chegar a Jerusalém, mas também a mais cara. Um táxi custará cerca de 250 NIS durante a semana e 300 no shabat. Não deixe de viajar com uma das empresas oficiais de táxi – seus estandes podem ser encontrados no térreo, no terminal 3.

A “Blacklane” oferece tarifas competitivas e um excelente serviço de transporte para o aeroporto em Tel Aviv e Jerusalém, e eles também operam no Shabat!

Espero que você tenha gostado desse artigo e aprendido um pouco sobre o que fazer em Jerusalém. Israel é um país minusculo, com 71 anos de Estado mas com 3000 anos de História.

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MEU
ESFORÇO É MÁXIMO PARA TE PASSAR ESSE CONTEÚDO RESPONSÁVEL.

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Sobre o Autor

PROF. RENATO SANTOS
PROF. RENATO SANTOS

Por dois anos o Professor Renato Santos viveu e estudou em Jerusalém. Desde 2011 leciono o hebraico e busca sempre estar se aprofundando, haja vista, suas 5 viagens a Israel anteriores.

6 Comentários

  1. Fui uma vez, a primeira, ainda irei muitas vezes, inclusive vou ficar lá um bom período…

    • Joao pauloþ disse:

      Sensacional ,infelizmente nunca fui a jerusalem mais tenho de desejo de ir simm..Deus abencoe professor more

  2. Guilherme Nunes machado disse:

    Muito bom ,parabéns ótimo trabalho ,que Deus possa continuar te abençoando 🙏🕎

    • PROF. RENATO SANTOS disse:

      Shalom Guilherme. Que bom que gostou. Jerusalém é maravilhosa

  3. Elaine Monerato Coelho disse:

    Gostei muito de estar em Israel, Jerusalém é uma cidade maravilhosa e com uma energia inexplicavel. Pretendo retornar em breve. Seu artigo me ajudará muito na minha proxima visita a Jerusalem.Obrigada


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